31 agosto, 2019

Tempo

Essa semana francisco gripou de tal maneira que há anos não via uma gripe tão forte, por isso tenho ficado preocupada e me dedicado mais à ele. consequentemente tenho me sentido mais cansada, desgastada e ainda passo a metade da semana com os três sozinha. Durante essa semana questionei a quantidade do meu leite, questionei a minha forma de criação de um bebê de 40 dias e até mesmo o motivo do meu corpo ainda não estar como eu gostaria - sim, privação de sono causa alucinações. A questão que venho trazer pra vocês é: se eu que tenho plena certeza de que meu corpo produz o leite necessário pro meu bebê, que treinamentos de sono não são saudáveis e de que tá tudo bem o corpo ser da forma que for, em momentos de exaustão tenho esse tipo de dúvida, já pensou o que acontece com uma mulher que vive cercada de dúvidas? Em que momento da evolução tomamos o caminho contrário ao natural? Você - parente, profissional, companheir@ - tem papel fundamental na criação dessas crianças sendo apoio para essas mulheres, as lembrando em momentos de dúvida da capacidade dos corpos femininos de gerar e nutrir, de que é natural que o ciclo do sono de um bebê demore a se instalar e que tá tudo bem. É o ciclo da vida. Não existe fórmula secreta que mude isso, apenas tempo e é esse tempo que devemos aproveitar, mesmo com nossas limitações, pois ele que faz com que os dias sejam longos e os anos curtos. E vai passar, assim como tudo passa.
Um dia sentada na mesa tomando meu café e com crianças correndo ao meu redor, tenho certeza que repetirei pra mim: quando foi que eles cresceram tão rápido?

02 julho, 2018

Ouro Preto - para famílias

Desde que conheci Ouro Preto com há 16 anos, me apaixonei perdidamente pela cidade. A arquitetura, história e tudo o que envolve as pessoas que lá visitam faz com que cresça um carinho imenso por cada cantinho.
Ouro Preto fica a 96 quilômetros de Belo Horizonte, a estrada é tranquila e raramente está movimentada, possibilitando um passeio bate e volta para quem não quiser ou puder gastar com hospedagem. Fizemos isso no ano novo, saímos de BH a tarde e voltamos após os fogos, o que fez da nossa virada de ano maravilhosa e quase sem nenhum custo. 
Pra quem optar por ficar hospedado, existe uma infinidade de pousadas, hotéis e airbnb com os mais variados preços. Na ocasião em que as crianças foram ficamos hospedados em uma casa anexo da Pousada Douro, localizada no centro histórico e próxima a Igreja de São Francisco. Nessa acomodação existe uma pequena cozinha com microondas, frigobar e pia, o que facilita a vida de quem tem crianças pequenas. O café da manhã é oferecido na pousada que fica a 2 minutos de caminhada, o que pra nós não foi incômodo algum.


Quando o assunto é alimentação depende da sua disponibilidade financeira no dia, pois a cidade conta com restaurantes maravilhosos, os meus favoritos são: Bené da Flauta, O Passo e EscadaAbaixo. Mas é perfeitamente possível encontrar opções econômicas andando pelas ruas da cidade, em todos os restaurantes que comemos a comida estava impecável.
Uma dica que sempre dou é: visite o Império do café na Praça Tiradentes e prove o chocolate quente com chantilly, é impossível não se apaixonar. E reze para ter sorte de ter música ao vivo no dia, a energia é incrível.
No dia 31 de dezembro não nos programamos e não sabia o que encontraria aberto na cidade, por isso levamos todos os alimentos e fizemos pequenos picnics durante o dia, funcionou perfeitamente e levar comida de casa é sempre uma alternativa para gastar menos ainda em qualquer passeio.



Sobre as visitas à pontos turísticos: recomendo se planejar e fazer um roteiro. Primeiramente porque requer caminhada de um ponto ao outro e isso demanda tempo. Em segundo lugar porque cada atração fecha em um determinado horário, então pode ser que você chegue lá e já esteja fechado. A maior parte das atrações tem custo de R$10 reais por pessoa, crianças pagando meia ou com entrada gratuita.  Recomendo o passeio nas minas, a mina nova é ainda melhor que a antiga, o Museu da Inconfidência, tour pelas igrejas centrais e casa dos contos. 
Mas caso tudo esteja fechado ou você não puder investir nas atrações, fique tranquilo, pois a arquitetura da cidade já é um show a parte e brincar/andar nas ruelas de ouro preto já é diversão garantida. Lembrando que a cidade tem várias atrações culturais gratuitas, então vale a pena dar uma passada no site da prefeitura e garantir a participação em alguma atividade.







 

É um passeio pra fazer com a família toda, é perfeitamente possível gastar pouco e ter uma experiência inesquecível. Mas lembre-se: nada de deixar lixo na cidade, certo? Leve seu copo reutilizável e não jogue lixo nas ruas. Vamos cuidar para que outros também possam aproveitar!

29 janeiro, 2018

Caldo de ervilha


INGREDIENTES



  • 500g de lentilha
  • bacon
  • calabresa defumada
  • cebola
  • alho
  • tempero de preferência



PREPARO

Deixar a lentinha de molho durante a noite e trocar a água pela manhã.Cozinhar a lentilha na pressão por 20 minutos, assim que atingir os 20 minutos desligar o fogo e deixar a panela esfriar. 
Picar o bacon, a linguiça calabresa e a cebola em cubos. Refogar a cebola e o alho na panela com um fio de azeite até dourar, assim que dourar acrescentar a calabresa e o bacon e deixar que frite, mexendo para que não queime. 
Bater a lentilha no multiprocessador ou liquidificador até virar um creme. 
Acrescentar a lentilha na panela, 200 ml de água filtrada e mexer bem. Temperar a gosto. Deixar ferver por 10 minutos e desligar. 

Servir acompanhado de croutons, queijo parmesão ralado ou batata palha.

Lembrando que a lentilha é fonte de proteína, ferro e alto teor de vitaminas e sais minerais.

28 janeiro, 2018

Vamos falar sobre Francisco


Engraçado falar de filho, quando na verdade a única coisa que você vem fazendo é permitir se apaixonar por um ser criado por você mesmo.
Cisco nunca foi aquela criança "easy", sempre de opinião forte e de grito alto. E a cada dia eu me convencia ainda mais de que ele era o tipo de criança difícil, impossível de ser doutrinada.
Logo eu, a rainha do filho obediente.
Francisco veio pra me botar no chinelo, sambar na minha cara com salto 15.
Meu jesus, de onde surgiu esse ser?
E assim seguia dia após dia com a certeza de que ele era um menino agitado.
Até que eu parei. Eu não tinha o direito de rotular meu menino dessa maneira. Eu não, sou mãe! O mundo já é muito cruel, em mim ele precisa encontrar a paz.
Me permiti aceitá-lo e amá-lo com seus milhares de defeitos e sabe o que eu descobri? Que os defeitos estavam em mim. O que eu vi nele era apenas o meu reflexo. Ele, menino intenso e cheio de amor. Nunca foi difícil, eu que era fechada.

O avesso é o lado certo

resiliência
substantivo feminino
  1. 1.
    fís propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica.
  2. 2.
    fig. capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças.



  3. Sou feita de palavras e muitas dessas carrego gravadas na pele. Resiliência  sempre me encantou, palavra forte e de significado transformador. Até pouco tempo não me dava conta do poder dessa palavra na vida de nós, mãe e mulheres.
  4. Por anos carreguei o mundo nos ombros e achava que era uma carga leve, mas eu não sabia que quando adicionamos o peso aos poucos nos adaptamos e vamos levando como se não fizesse diferença. Mas faz. E fez. 
  5. Nos últimos anos me vi resolvendo todos os problemas do mundo, muitas vezes saía de madrugada para ajudar outras mãe enquanto meus filhos ficavam aos cuidados de terceiros ou do pai. Ao finais de semana fotografava famílias felizes enquanto a minha desabava por minha falta, não só corporal, mas em todos os âmbitos. Minha cabeça não estava em lugar nenhum e fracassei em tudo o que fiz. Não fui uma boa mãe, não fui boa esposa, fui uma profissional relapsa, uma péssima filha, a amiga ausente e a uma pessoa feita de metades. Não fui inteira em nada que fiz por anos. Sem querer me assisti afundar. Primeiro minha relação familiar, depois meu casamento e por último minha carreira. Eu queria que tudo acabasse, porque a pressão me doía na alma,  mas uma dor racional. Eu sabia de onde vinha e sabia que havia duas opções para que ela finalizasse, a mais fácil e a mais difícil. Eu poderia encarar cada um daqueles problemas de frente e resolver um a um, o que levaria anos de muita luta interna e com o mundo. Eu não consegui. Decidi dar fim ao que, pra mim, era um problema para os outros. Mas mal sabia que era só o começo do que realmente estava por vir.
    Conheci várias pessoas com síndrome do pânico ao longo da minha vida e sempre achei que fosse exagero o que essas pessoas relatavam. Ignorância, hoje eu sei. Sei porque vivi e ainda vivo isso. Comecei a temer meus problemas, as pessoas, o mundo. Até que me vi sem conseguir sair do meu quarto. A campainha me assustava, o interfone tocando era pavor. Eu não conseguia chegar na sala da minha casa, ir até a cozinha era uma tortura. Não atendia telefone, não ouvia áudios e não lia mensagens. Eu, logo eu; a pessoa que amava ser cercada de gente na alegria e na tristeza. Eu tinha medo de mim. Falo no passado pois sei que essa pessoa não sou eu. Eu não sou a pessoa que me tornei e nem serei. Acreditem quando alguém falar em desespero, é um auto boicote, a sua cabeça brigando com seu corpo. Sua mente não obedece, seu corpo não obedece. Cada dia em que se acorda e os pulmões se enchem de ar, é uma grande vitória. E não é exagero. Não é exagero meu e nunca foi exagero por parte de todos em que eu não acreditei - peço perdão, amigos, vocês são guerreiros. Mas é preciso falar das sombras, assim como é preciso espalhar amor. E no meio disso tudo, fui porto de amor e ódio. Todo tipo de mensagem chegou aos meus olhos e meu corpo não respondeu a nenhuma. Mas eu vi - e vejo - o quanto amor pode ser palpável.
    Por meses minha vida parou. Minha casa do mesmo jeito do dia que me mudei, meu trabalho também. Mas minha cabeça não. Nesse tempo de sombras me fiz filtro. Hoje consigo ver com clareza as intenções das pessoas para comigo e com a vida. Sei quem faz morada de sentimentos bons e gratidão passou a ser palavra de ordem em meus dias. A cada 50 mensagens que - ainda - não consigo responder, chega uma amiga na minha casa com uma comida feita em casa, uma criança para me alegrar, um abraço, carinho e companhia. Por meses me vi parada no plano físico, mas com uma revolução interna. Hoje só quero ser inteira, só quero o que for intenso e verdadeiro, quero clareza de sentimentos e, principalmente, quero conseguir dissolver essa bola de neve.
    A vida não parou diante  dos meus problemas, o mundo não para. Sei que cada passo é um salto, sei que quero tudo em seu devido lugar e sei que isso pode demorar anos, mas o que vale é minha força para trabalhar e mudar essa posição em que me coloquei. E só se muda isso enfrentando de frente cada questão. Não é fácil, não será fácil. E quem disse que seria?
    Diante de tudo isso me vejo com 60 anos a mais. Amadureci. Enxerguei com clareza o que realmente importa: meus filhos, minha família e meu bem estar. A cada crise de pânico, me apego no amor que recebo. Me virei e me revirei. E nessa reviravolta de desapegos, me desprendi de mim mesma e descobri que meu avesso, sem dúvida, é meu lado certo.

28 janeiro, 2017

Tudo colorido

Minha casa era branca, igual um hospital. Tudo branco, sem cor, sem vida. Samuel amava, mas eu não me sentia em casa, sabe? Papel de parede não ia durar um dia aqui com a minha mania de TOC, como que lava papel de parede, brasil??? Aí deu a louca e desandei a procurar uma forma de colorir minha vida, até que descobri esses adesivos que se sujam, dá pra usar até CIF cremoso.
Gente, liguei pra Tati a dona da empresa que vai pro ceu pela paciência que teve comigo e fiz da vida dela um inferno, ela fez 374 simulações até chegar em todas as padronagens que eu queria e deu a loca aqui, saí instalando adesivo na casa toda. Gente, que maravilha. Adesivei a sala, meu quarto, o teto do corredor e a cozinha. Agora a casa parece um circo, mas ó: tá a minha cara.
E o melhor: Posso limpar que não desbota, não desgruda e não sai.


 



08 agosto, 2016

Bolsa pra passeio - o que deve ter?



Duas crianças e eu ainda levo bolsa pra todo lado. Não desfraldei Francisco e, por isso, carrego uma tralha. A lista que colocarei é bem pessoal, mas serve de base para quem não sabe o que levar.

João tem 7 anos e Francisco tem 2 anos

Bolso grande da mochila:

2 Garrafinhas Thermos com água
1 Pote com biscoitos ou duas frutas

Lenço Umedecido
4 Fraldas
Trocador
Uma fralda de pano branca - uso para secar os meninos ou usam pra sentar quando estão muito sujos
Roupas - uma camisa e um casaco pra João, uma troca de calor e uma troca de frio para Francisco
Saquinho impermeável para roupas sujas
Brinquedo - Um bloco e papel, estojo giz de cera e um livro
Quando bebê eu levava o Sling e uma mantinha.

Bolso de fora:

Antialérgico pra João - que é extremamente alérgico a gatos
Antitérmico
Documentos + carteirinha do plano de saúde
Bisnaga com álcool em gel

E aqui um parêntese para outras mães:


Mães que dão mamadeira é recomendado um dosador com 3 medidas de leite e duas mamadeiras com água em temperatura ambiente ou duas mamadeiras vazias e uma garrafa térmica com água aquecida.

Mães de crianças que usam chupeta levar dois portas chupetas com uma chupeta em cada e, se possível, lenços umedecidos para chupetas.

Mães que usam pomadas anti assaduras levar uma bisnaga

Fim.

Levo uma muita coisa? Sim. Antes sobrar do que faltar, né?