31 outubro, 2015

Samuel,

Nunca fomos um casal mesquinho, meu amor. Não seria justo com a vida que nosso casamento fosse tradicional, visto que nossa história ultrapassa todo e qualquer limite da razão. Logo você, o cético que beija os altares da ciência, levando a vida com uma mulher que pensa com o coração. E aí a vida foi justa, pois é preciso equilíbrio e uma base sólida para a construção de castelos e pontes. Ponte essa que ligou nossos corações, pensamentos e planos durante tantos anos a distância. E equilíbrio que move nosso presente e nosso futuro.
Amor é construído, é coisa boba, é laço que acolhe, é colo quente. É liberdade, é a certeza de que você tá ali, naquele quarto, lendo sobre os pensamentos, enquanto eu te olho de canto de olho e  me pego sorrindo. Amor é certeza, é medo de perder, é cheiro, toque e saudade.
Lembra da minha primeira frase pra você? "Eu nunca vou amar ninguém novamente" E você, com a certeza de nos pertencíamos, respondeu: "é impossível viver sozinho. Você vai ver, eu vou te mostrar." E quem diria que viveríamos esse grande amor? Todos os dias observo como ainda mantemos a capacidade de nos admirar, rir, gargalhar e encontrar no outro o abraço que falta no final do dia.
A vida foi generosa conosco, meu Bê. E prometo te amar até o dia em que a casa estiver cheia de netos, bisnetos, você ainda falar sobre filosofia e um robô limpar nosso chão. Que nossa sede de vida seja sempre compartilhada, nosso talento pra felicidade renovado, os sorrisos multiplicados e os ohares e toques de amor eternizados.

Te amo, obrigada por ser meu.

Sempre sua,

Marina.






























"To love each other even when we hate each other…No running. Ever. Nobody walks out, no matter what happens.  I will remind you who i am every day…To take care when old, senile, smelly. This is forever. "

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